banquinho de madeira
daqui é possível sorrir, amar, olhar, beijar, chorar e massagear. daqui também pode-se notar a cor azul do imenso mar adiante que, em contraste com o sol, se metamorfoseia num jogo de luzes verdes e azuis: cega o navegante.

sexta-feira, 24 de junho de 2011
por todo o meu amor de hoje, quinta
queria ser o vento para tocar no seu cabelo, cor de areia, e levar o cheiro dele para o mais belo dos jardins, eu queria matar todas as rosas de inveja. queria ser o vento para suspirar no seu ouvido as palavras que nunca pude lhe dizer, por eu ser assim, de carne e osso. queria ser o sol para poder ver os meus raios colorindo os seus olhos de azul, cegando o seu olhar no meu. queria ser o maior dos seus desejos, aquele que eu nunca poderei lhe prometer ser. eu seria mais do que isso se eu fosse ele.
terça-feira, 21 de junho de 2011
do seu nome eu não esqueço
você tem um nome que me lembra inverno, cobertor quente, com cheiro de guardado, de lavanda. no inverno não não há a ventania que preciso para que o seu nome seja ecoado até os seus ouvidos. não é que deixei de gritar. não deixei não senhor, eu repito a sua graça todas os dias. o vento daqui é que parou com o seu trabalho diário. o seu nome rima com João. aqui não mais. aqui jamais. aqui amanhã? talvez sim, talvez não.
domingo, 22 de maio de 2011
Por todo o meu amor de hoje, domingo.
Eu vejo uma tempestade chegando, então eu espero pela mansidão dos olhos dele. Pureza, perdição. A voz dele é o barulho do vento quando se fica parado na margem do mar, sinto as palavras me tocar de leve a pele. Suavidade, compaixão.
Quando ele caminha as estrelas brilham pra ele, pra clarear o caminho dele até o sol. Já no claro, o sol sorri pra ele. Iluminado. O sorriso dele transforma um momento ruim em maravilhoso. Quando ele sorrí eu vejo a minha alma dançar, se preparar para um concerto musical. Energia. O cheiro dele me transporta para um lugar inabitado, entre o chão e a terra. Uma vontade de ficar lá desmancha a realidade. É como se o mundo fosse bom, e que a vida fosse linda. Ilusão, merecimento.
Quando ele me segura lá do lado de fora do mundo, percebo a multidão me olhando, olhos sem graça. Olhos de ressaca. E ele me segura firme, talvez por medo que eu me quebre ou que eu regasse o chão. Proteção. Quando ele me segura do lado de dentro do mundo, me sinto conquistada por eu mesma, que os anos que vive até aquele momento já são suficientes. Que o que eu fiz ou deixei de fazer já não tem mais importância. A bandeira cravada nos solos do paraíso. Paixão.
O tempo com ele é tão curto, que o sinto ser eterno, cada eternidade no paraíso me faz querer mais e mais estar lá. E assim ele vai embora antes do sol nascer. Dá pra ver os primeiros fios de claridade alcançando as margens do mar. E sem ele, eu fico aqui esperando um milagre. Espero por ele na próxima embarcação.
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O paraíso: foto tirada algum dia entre 06/09/10 a Abril de 2011 |
Quando ele vem, os olhos dele abrem todas as janelas para o oceano, brisa fresca, vontade de sorrir e chorar. E ele vem com uma graça, um manejo de fé. Ele é a minha fé se multiplicando de novo. E eu me entrego aos olhos dele.
Quando ele caminha as estrelas brilham pra ele, pra clarear o caminho dele até o sol. Já no claro, o sol sorri pra ele. Iluminado. O sorriso dele transforma um momento ruim em maravilhoso. Quando ele sorrí eu vejo a minha alma dançar, se preparar para um concerto musical. Energia. O cheiro dele me transporta para um lugar inabitado, entre o chão e a terra. Uma vontade de ficar lá desmancha a realidade. É como se o mundo fosse bom, e que a vida fosse linda. Ilusão, merecimento.
Quando ele me segura lá do lado de fora do mundo, percebo a multidão me olhando, olhos sem graça. Olhos de ressaca. E ele me segura firme, talvez por medo que eu me quebre ou que eu regasse o chão. Proteção. Quando ele me segura do lado de dentro do mundo, me sinto conquistada por eu mesma, que os anos que vive até aquele momento já são suficientes. Que o que eu fiz ou deixei de fazer já não tem mais importância. A bandeira cravada nos solos do paraíso. Paixão.
O tempo com ele é tão curto, que o sinto ser eterno, cada eternidade no paraíso me faz querer mais e mais estar lá. E assim ele vai embora antes do sol nascer. Dá pra ver os primeiros fios de claridade alcançando as margens do mar. E sem ele, eu fico aqui esperando um milagre. Espero por ele na próxima embarcação.
sábado, 21 de maio de 2011
amor x paixão
É muito bom ser adulto porque podemos facilmente distinguir um sentimento de outro. O ser jovem se confunde, o adulto não. Nem um pouco.
Aí chega aquela hora em que você se transforma num ser egoísta e medíocre. A paixão se metamorfoseia em amor. O amor estraga tudo. O ser humano não conta com isso, com a desintegração parcial do seu ser. Você já não se sente um ser inteiro. Você precisa do outro para ser inteiro, para pertencer. Ninguém morre de paixão, ela é a incubadora, a casca da borboleta. O ser que sai da incubadora é lícito a morte.
Tudo começa a mudar, o cheiro dele de alcool já não é mais um afrodisíaco: é a certeza de que as horas de conversa de boteco não são mais atrativas comigo. Os 10, 20 ou 30 dias de ausência se profundam na certeza do deprezo dele, da não vontade de estar do meu lado. Eu já não sou a mais engraçada. A piada que ele já me contou cem vezes se torna um descuido de memória dele: ele nem um pouco se importa com o que me conta, a memória dele não está enraizada a minha.
Decidi não escrever mais. O amor toma todo o meu tempo para a criatividade e pensamento.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
I miss him
Oh, I miss the smell of Lavender and Patchouli on your skin, always fresh, and hoping that I smell and remove any remaining of freshness of your skin. "Let's go in the water, my love. " , you say. And I go. I will wash the rest of your scent on me, for I can feel the smell of your perfume stained on me again.
Oh how I miss your giggles, my mischievous child, my naughty boy, who ate all the candy behind the house and denies having done it? Even with your mother seeing the empty pot, the right hand dirty and the smeared mouth.
Oh how I miss your "boyish" behave, always playing and rolling, getting lost in the time you have for me which is gradual and because of that, I´ll give up everything I need to remain alive: air, water, food, anything that will make me be apart from you, even for a second: There is no time for me when I'm with you: You are enough.
Oh, babe! I miss hearing you repeatedly reminding me that I did not eat, nor had anything to drink "It is very hot today, you need fluids, my doll", you say. And as an obedient child would do, I accept your command. I'll do whatever you ask me, not because I am obligated to what is conferred on me, but because there is not enough time for me to discuss matters of no importance. I spend all my time indulging myself on you.
Oh how I miss looking into your eyes, my private ship taking me to the sea. I see you hiding in my eyes, not by fear, but worried about what might happen to me if you also lose your mind. So, sunk in the sea I lose myself and wait for you to bring me back to the surface.
Oh I miss yesterday, I miss the warmth of your skin. I noticed my presence being asked yesterday, like someone who dives into the river bottom and panics when requesting to feel the lungs with air. I was your air yesterday. Until next week?
sexta-feira, 13 de maio de 2011
por todo o meu amor de hoje, sexta.
O meu amor é essa longa espera, esse longo caminho que percorro, sem curvas, sem pequenas paradas para me refrescar. O meu amor é esse não saber que dia é hoje, se é dia de beijo doce, ou se é dia de assassinar o tempo com qualquer veneno de rato que eu achar no armário.
O meu amor é não me perfumar de manhã, por causa desta pressa que vivo, e me angustiar ao descobrir que estarei com você em poucas horas; mas quando com você estiver, ouvir você dizer que eu sou a mulher mais cheirosa que você conhece. Eu amo estas mentirinhas sem pecado que você conta sem se passar por mentiroso, um privilégio dos mais velhos. O meu amor é olhar dentro dos seus olhos, da cor da praia da Barra da Lagoa e ver você me deixar mergulhar, afundar até eu perder o ar.
O meu amor é esta paciência infinita agenciada pelos anos que você viveu a mais que eu e que me permite ficar um pouco mais. O meu amor é a sua voz me chamando de qualquer coisa, de "meu amor", "minha querida", "minha menina", "meu chamego" e até de "minha filhota", ao atender o meu telefonema, um dia, e me confundir, erroneamente, com a sua linhagem. O meu amor é ter você comigo, (ainda que para a minha tristeza) muito mais para uma conversa engraçada e proveitosa, do que para aqueles dias de pele, lingua, dedo e saliva; nós temos um dia pra isso.
O meu amor é ouvir você me ligar e eu achar que isso sim é que é felicidade. Nada mais é felicidade. É sentir você deitar no meu ombro e dizer: "Amor cuida de mim, hoje eu estou carente". O meu amor é ouvir você me dizer que você copia as minhas manias, quando na verdade, sou eu a aluna. O meu amor é essa sua vontade de saber como estou, se estou com frio ou com vontade de comer o seu arroz com ovo, que eu tanto gosto.
O meu amor é a minha vontade de ver você feliz, de te deixar ser o que você quiser ser, mesmo que você seja somente um sobrenome que todos conhecem. O meu amor é esse espelho que eu me vejo quando me perco em você, é essa vontade de me amar mais do que eu amo você.
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